terça-feira, 25 de maio de 2010

Desmoronamento do Império Português

O Império Português teve os seus dias de glória séculos atrás, com resquícios que foram permanecendo ao longo desses séculos.
Foram-se perdendo territórios, foi-se perdendo influência e o Império foi ficando para trás. Até que ficámos com dois pequenos territórios, um deles que foi permanecendo um pequeno ponto português no mundo: Timor Leste e Macau.

Os portugueses em 1999 tinham com certeza a consciência pesada. No meio da infelicidade de Timor, Macau teve sorte como erro português.
As aspirações independentistas timorenses eram esperadas, justificadas e totalmente aceitáveis; cada um em o direito à sua independência, a pertencer a um povo livre e esse é um direito internacionalmente reconhecido. Ou devia realmente ser.

Portugal respeitou-o. Tanto respeitou que voltou de malas e bagagens para este recanto da Europa mal lhe pediram.
Alguns não o respeitam. A Indonésia não o respeita. Tanto não respeita que logo invadiu Timor quando começaram a aparecer aspirações socialistas naquele território.
E tudo começou. Começou uma batalha que teve consequências pouco amigáveis para ambas as partes. E enquanto começava, uns morriam e outros ficavam a ver, interpelando a senhores cujo único objectivo seria ter mais um pedacinho de terra e de influência política, e Portugal martirizava-se por ter deixado Timor em tal estado. E agora só temos de viver com imagens como esta:


Ficou um tal consciência pesada que quando falaram na independência de Macau, fizeram de imediato um acordo para uma adaptação gradual ao sistema chinês. E é de notar que esta adaptação será feita, obrigatoriamente, num espaço mínimo de 50 anos.
Será difícil quebrar toda uma cultura...
Macau ficou a ganhar com o erro de 1975. Não fosse isso, as malas e as bagagens teriam sido levadas em 1999 como foram 24 anos antes.

Mas Portugal, por entre todas as infelizes acções passadas levadas a cabo por um país em mudança mal planeada, tentou emendar esses erros.
Infelizmente, esta sua emenda não teve grandes efeitos em Timor. Esses continuam num vai e vem de acontecimentos...

Uma coisa é certa: quando chega um benfiquista, chega um timorense desde pequenino! Afinal sempre deixámos alguma coisa...
Também, no meio de tanta infelicidade, alguma coisa tem de alegrar a gente, seja portuguesa, seja timorense.

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