sábado, 5 de junho de 2010

Achei piada...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Estados Nações

O tempo que tinha para me afirmar em relação ao Estado-Nação não foi o suficiente para demonstrar toda a concepção que tenho sobre a crise do mesmo. Apesar de ter conseguido levantar alguns pontos que considerei importantes referir, aqui tenho tempo e espaços ilimitados.
Não, não pretendo assassinar possíveis e certos leitores deste sítio com uma palestra aborrecida de morte, mas há algumas coisas que ainda podem ser ditas.

Sim, o Estado-Nação está em crise. Numa crise tremenda que nos faz pensar se existirá alguma vez uma nova altura em que será possível um controlo de todas as questões por um só Estado.
No texto original falei na globalização, no ambiente e no terrorismo, mencionados no documento do grupo de perguntas em questão. É uma questão que (por acaso também foi referido no teste e que estava igualmente nas notas do professor no meu teste) que não consegui mencionar foi a existência de organizações que respondem a esta crise e que, talvez, para além da mera consequência, possam também ser uma solução.

Pensemos na União Europeia.
A União Europeia é um Estado por si só, e não apenas um Estado-Nação; é um Estado transnacional, internacional, mas mesmo assim um Estado, pois aglomera em conjunto comunidades por uma política, economia e sociedade comuns.
Começam então a aparecer respostas a esta crise. É-nos tão fácil viajar e inserir-mo-nos numa outra sociedade que levamos os nossos problemas para novos locais, tornando seus os nossos problemas, e por isso aparecem estas respostas.
Todas as novas organizações demonstram como o Estado-Nação está em crise: porque demonstram uma necessidade de ter políticas comuns a várias Nações!

A própria concepção de Mundo está a mudar. Hoje vivemos numa Aldeia Global, não apenas num planeta. Logo a denominação de aldeia mostra como próximos e juntos nós estamos! Não seria de esperar que também os nossos problemas se tornassem globais?

Nós criámos esta crise, e estamos, aos poucos, a tentar atenuá-la. Mas não deixa de ser uma crise, por muito que a neguem (esta gente tem cá uma mania de negar as crises evidentes...).

terça-feira, 1 de junho de 2010

Poucas consciencializaçãoes

E a Europa parece que não se vai livrar da consciência pesada durante muito e muito tempo. Eu com certeza que ficaria para sempre marcada se soubesse que teria sido responsável por tantas mortes e conflitos, directa ou indirectamente.
Estão um pouco por toda a parte: África, Ásia, na própria Europa...

A questão entre Israel e a Palestina há muito que se prolonga.
O conflito ultrapassou as questões religiosas e alcança hoje proporções meramente territoriais e políticas. É o jogo do gato e do rato, ver quem chega primeiro para vir o outro e querer ir para lá também, um atrás do outro.
A origem deste conflito é deveras curiosa: não é que depois da 2ª Guerra Mundial decidem pôr ali os judeus, num território que por acaso era de outros, e chamam-lhe Israel? Os palestinianos que agora se amanhem, mas claro que não ficaram muito contentes, e por isso começaram as invasões e afins.
O que se faz quando se começa uma guerra? A ONU envia cartas a dizer que não aprova e a exigir o final do conflito e a manutenção da paz. Isto sim é acreditar que todos os conflitos devem ser resolvidos pela diplomacia, é louvável...
Este era sem dúvida um tópico sobre o qual podíamos falar e falar e falar, mostrando as grandes divergências étnicas que se fazem sentir (tal como em África) e que não foram logo de início resolvidas, não fosse existir um caso tão semelhante na própria Europa.

Confesso que sempre ouvi o nome Kosovo, Balcãs e guerra sem nunca ter total consciência do âmago da questão que era colocada. Apenas recentemente fez-se luz.

Há um Israel vs Palestina mesmo aqui perto de nós!
E passa tudo pelo mesmo: má organização tal que foi criada uma tensão étnica que levou a um conflito com proporções gigantescas!
Depois do Tratado de Versalhes e, mais tarde, da conferência de Ialta, estava tudo tão misturado que parecia que tinham metido tudo dentro de uma batedeira, misturaram-me muito bem e foram espalhando a mistura pelos vários territórios. O resultado está à vista: milhares e milhares de mortos, depois de ser pedido auxílio dos grandes países civilizados e apenas um ter respondido afirmativamente! Provavelmente estariam a dormir novamente...
Mesmo sabendo a crueldade do ser humano, parece que ninguém teve a menor preocupação em apaziguá-la e controlá-la. Por isso temos imagens como as de Eric Draper
e da bela Dubrovnik destruída.

As divergências, sejam elas quais forem, vão sempre, mas sempre, existir. Por muitas conversações e pactos que sejam feitos, as divergências vão existir. Mas há divergências e divergências! Quando não existe qualquer inserção ou ligação no meio que nos rodeia, alguma coisa tem de ser feita e planeada antes de qualquer tomada de decisão.
Infelizmente continuarão a existir grupos de pessoas extremistas e racistas, mas quando nada fazemos para lhes fazer frente, que queremos que aconteça? Que sejam felizes para sempre entre balas, bombas e corpos no chão?

O Ocidente deve ter o seu lema mesmo bem entranhado em si: poderíamos viver sem estar sempre a cometer os mesmos erros? Podíamos, mas não era a mesma coisa.

terça-feira, 25 de maio de 2010

África é uma Nação

A consciência pesada não é uma questão meramente portuguesa, nem a responsabilização pela infelicidade alheia. É pena, mas parece que se tornou um dos fenómenos da globalização - ou, pelo menos, está concentrado neste ocidente impávido e sereno.
Depois de um Timor e de uma Macau que marcaram a consciência portuguesa, toda uma África permanece na consciência ocidental.

Por todos os lados existe uma pena colectiva por aquele continente tão pobrezinho e coitadinho que foge das convenções dos continentes desenvolvidos ou em vias de o ser.
"Tadinhos" dos africanos que morrem todos os dias por não terem comida, ou por não terem médicos, ou porque não têm como parar a SIDA, a tuberculose ou outra qualquer doença que parece ser única e exclusivamente africana.
Custa, é verdade que custa, saber que enquanto me dou a tamanhos luxos, outros nem sobreviver conseguem, mas custa ainda mais ficar aqui, parada, quieta e impotente, ou a pensar que o sou.
Mas porque terei de ajudar? Por que é que me encontro num país com um desenvolvimento que não encontro nos países de África (infelizmente quase num todo), com todos os problemas que possa ter?

Dizem que a grande culpa é do Ocidente, que sempre se moveu pelo oportunismo e nunca se preocupou em ajudar o próximo sem receber nada em troca (e ainda se apregoam católicos).
O mais triste é que é verdade: foi realmente o Ocidente, talvez mais e Europa, com a sua vontade de crescer a qualquer custo, que tornou África neste espaço de miséria, guerra e morte. Para mais, foi aquela vontade de controlar tudo e ser superior que nos faz hoje olhar para África e ver um só país com as mesmas características, sem hipótese de um dia sair do estereótipo de coitadinho.
Não é preciso ir muito longe para comprovar como olhamos para aquele espaço do mundo: basta ler este mesmo texto, no qual afirmo que me custa saber daquela realidade.

Os africanos, negros ou muçulmanos, são um só e nós é que os unimos como tal.


Há uns tempos vimos parte deste video (link abaixo) na aula de Inglês. Apesar de ir muito além do puro estereótipo do indivíduo africano, toca lá, de uma maneira muito próxima.