quarta-feira, 17 de março de 2010

Comunidades europeias

Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa estava totalmente destruída das mais variadas formas: económica, social e até territorialmente (visto que muitos países foram alvo de batalhas e bombardeamentos). Estava até dividida entre o bloco capitalista (a Ocidente) e o bloco comunista, a Leste.

De maneira e fomentar a coesão e a entre-ajuda entre os países europeus, em 1951 aparece a CECA - Comunidade Europeia do Carvão e do Aço - e, 6 anos mais tarde, com o Tratado de Roma, nasce a Comunidade Económica Europeia (CEE).



Este Tratado foi assinado por 6 países: França, Itália, Alemanha e pelos países do Benelux.

Seria, portanto, um tratado económico; as políticas sociais ficaram para mais tarde, tal como a adesão dos restantes países europeus.
Se isso foi um agravamento do pobre desenvolvimento desses países e uma valorização dos 6? Sim, mas os 6 não deixaram de ser os mentores, e sofreram as consequências da guerra possivelmente mais do que qualquer outro país do bloco capitalista europeu, apesar de também serem dos mais desenvolvidos.
Era o poder do centro.


Podemos afirmar que novos membros começaram a aderir à CEE já depois da mesma ser considerada uma potência económica, e isso mostra como os 6 estavam apenas abertos ao seu desenvolvimento, e como os restantes talvez tivessem medo de se abrirem em tal crítica altura. E talvez isso tenha sido tenha sido mau planeamento do Tratado, que deixou de fora a verdadeira Europa, mantendo-a o centro forte e coeso e o resto a "comer as migalhas".

Hoje, já com quase 20 países a mais do que a formação original, talvez consigamos ver como deveria ter sido o Tratado logo de início: uma plena união europeia, tanto económica como política e socialmente. Podemos dizer que, ainda antes de sermos cidadãos do mundo, já afirmava Sócrates (o sábio, não o que temos por cá hoje), somos cidadãos europeus, com algo a dizer e com direitos específicos dentre desta comunidade.


E como eu gosto muito das minhas suposições, talvez se tivesse existido à partida uma União Europeia e não uma Comunidade Económica, hoje seria tudo um pouco diferente, e dai, talvez continuaríamos a ser este país na cauda (literalmente) da Europa, que Salazar não devia querer abrir-se muito ao exterior, mas quem sabe a Grécia não teria de se perguntar como é que vai sair da bancarrota.
Não que a UE seja perfeita... Todos sabemos que no papel é tudo muito mais perfeito, mas é alguma coisa.

O que vale é que se voltássemos atrás faríamos tantas coisas de maneira diferente...

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