Sem ninguém dar por isso (ou dando, e olhando para o lado com medo de ver algo a acontecer), a URSS tinha já chegado a um patamar superior, e logo a seguir vieram os EUA e superaram. A corrida continuou renhida, sempre com um a ir à frente e o outro logo ali, na cauda, a chegar mesmo ao seu lado.
Mas nada acontecia. Tudo tinha medo.
Ficou-se no impasse.
Até que o destino começou a ser outro, o objectivo foi mais ambicioso e jornada mais longa. Quiseram encurtá-la.
O Espaço, aquela coisa lá em cima, de que se sabe tão pouco e que se quer saber tanto mais, estava ali à espera, à espera de alguém que subisse e descobrisse tais maravilhas. Escusado será dizer que alguém o ouviu.
Estava ali tão perto (e tão longe) a oportunidade de alcançar algo que nunca ninguém tinha alcançado, do conquistar o que ninguém tinha ainda conquistado. Os russos aproveitaram a oportunidade, lançaram satélites e começaram grandes investigações. Os americanos aproveitaram, lançaram satélites e começaram grandes investigações. Um depois do outro, como sempre.
Os russos pareciam estar a ganhar esta corrida, pela primeira vez desde o começo deste conflito pacífico: levaram o primeiro satélite, o primeiro ser vivo, o primeiro homem e a primeira mulher a passear pelo Espaço, mas um dia:
Chegaram! Conseguiram chegar! Chegaram à Lua, the ultimate destiny!
Os russos estavam talhados a ficar para trás.
Tanta corrida e puxar de corda, para um lado e para o outro, teve as suas coisas boas, fossem quais fossem os objectivos - mesmo que quisessem apenas conquistar o que ainda havia para conquistar, mostrar uma superioridade política, científica e territorial e qualquer outra, sempre houve aquela vontade de conhecer o desconhecido.
O Espaço era o desconhecido, talvez a resposta para tantas perguntas que estavam a ser lançadas. A mentalidade mudava e já desde o Pós-Primeira Guerra que as questões acerca dos mais variados assuntos eram constantes.
E não apenas o Espaço - toda a investigação científica para conseguir chegar à bomba atómica ou à bomba de hidrogénio (apesar de conseguir viver bem sem a sua existência), aos submarinos nucleares e aos aviões supersónicos, às novas técnicas de informação para chegar às novas noticias mais rapidamente levou-nos até à Internet, aos novos transportes e a tantas outras tecnologias que hoje achamos indispensáveis.
Neil Armstrong estava certo quando chegou à Lua: aquele era um pequeno passado para um homem, mas era definitivamente um gigantesco passo para a Humanidade! Em estúdio ou na planície lunar.
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Crónicas à minha História