sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Modernismos passados

Enquanto que as vanguardas começaram a ser desenvolvidas a partir da primeira década do século XX na Europa, em Portugal, esse modernismo, esses novos movimentos, chegaram quase 10 anos depois. Conclusão: evoluímos – de um século de distância em relação aos novos movimentos culturais (como aconteceu no Renascimento), passámos para uma década. É obra! Sem nunca, no entanto, esquecer os movimentos artísticos do século passado, que permaneceram ainda uns tempos no panorama artístico português. Mas não podemos pedir tudo de uma vez!
As duas fases do modernismo português foram, no entanto, preciosas; é bom ver uma geração a pensar por si e a mostrar os seus ideais, ainda por cima porque foi um movimento juvenil. Porém, não entremos por aí.

Temos, nesta época de 1911 até aos anos 30 (englobando ambas as fases), testemunhos de um Portugal diferente, preciosos testemunhos. Basta pensar em toda a obra de Fernando Pessoa (uma figura importante do panorama modernista, com uma obra que ainda hoje nos assombra), que, tal como aconteceu com Camões, não lhe foi dado o devido crédito, a não ser muito mais tarde na sua “carreira” artística.
Esta desvalorização apenas mostra como a maior parte da população continuava sem qualquer sentido de cultura, tal como o próprio Camões afirmava em Os Lusíadas.

Mas não nos deixemos abater por isso. Continuamos com óptimos exemplos de boa arte portuguesa, que elevaram o nosso país a um nível europeu.
Apenas deixo duas obras de dois diferentes artistas de que gostei particularmente, bem portugueses.

Menina dos Cravos, 1913, Amadeo de Souza Cardoso

Domingo Lisboeta, 1946-48, Almada Negreiros

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