sábado, 14 de novembro de 2009

Crises e repetições

Já aqui comparei duas realidades distintas, mas tão semelhantes: o Portugal da 1ª República, e o Portugal actual. Podia, mais uma vez, fazer uma comparação do género entre a crise de 1929-1930 e a que hoje vivemos.
No entanto, não penso que seja necessária uma comparação entre ambas as situações para verificar que temos de ter noção de que o sistema capitalista não é perfeito, e um dia vai entrar novamente em colapso (esperem, já entrou!). Basta apenas analisar as duas denominadas crises, sem comparar. Pura análise.
Mas é giro comparar, e é giro porque podemos concluir que, apesar de toda a gente apregoar que “aprendemos com os nossos erros”, continuamos a cometer esses mesmos erros vezes e vezes sem conta, e, citando António Variações, «o corpo é que paga». O corpo, a carteira, a mente…

A crise de 1929 foi um duro golpe num sistema considerado infalível! E não falo apenas no capitalismo: a própria democracia foi posta em causa! E o que aconteceu depois? Tudo se juntou e votou em partidos de extrema-direita, esperando menos miséria e melhores condiçõs de vida.
Não quero voltar a tocar na mesma tecla (literalmente), mas vamos pensar: ora, se uma grave crise económica que despoletou nos Estados Unidos da América e afectou todo o Mundo levou ao crescimento dos partidos de extrema-direita e à sua consequente vitória… O que nos vai acontecer a nós? Huuum…

Não deixa de ser interessante pensar em como uma crise que acontece num país cria tantas dificuldades nos países de todo o mundo. As consequências no próprio país são devastadoras, e bastante impressionantes. As figuras analisadas na aula são bastante chocantes, e deixam um medo incontrolável no futuro, quando especialistas afirmam que a crise actual ainda vai superar a de 29-30! Se há 80 anos foi o que foi, não quero, mesmo, pensar do que pode vir aí…


Que imagem mais irónica...

E uma outraque achei engraçada:

Realmente, hoje estamos pior. Pelo menos alguns...

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