domingo, 13 de dezembro de 2009

Filmes e História - II

E vindo mesmo a propósito:


De: Dennis Gansel
Argumento: Dennis Gansel

O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é o professor que todos os alunos gostavam de ter. Certo de que, na semana de projectos, lhe seria entregue a turma onde seria leccionada a anarquia, vê os seus planos mudarem quando a directora decide dar-lhe a turma da autocracia, tomando desde o início uma nova atitude: através de uma experiência, tenta demonstrar ao seus alunos se uma ditadura seria, ou não, possível, na Alemanha uma vez mais.
Baseado numa experiência realizada na California, Estados Unidos da América, Die Welle, um sucesso de bilheteiras na Alemanha, mostra uma realidade que pensamos bem diferente.

Já o tinha visto, mas revê-lo um prazer.
Não tinha conhecimento deste filme, até ao momento em que o meu colega de projecto de inglês (cujo tema se assemelha muito ao tema do filme) mo divulgou e, numa de pesquisar para esse mesmo projecto, decidi ver. E foi uma das minhas melhores decisões em termos cinematográficos!

Para lém da interpretação, todo o conjunto do filme mostra esta tal realidade que não julgamos possível, fazendo do filme um quase documentário, mas que não chega a ser tão descritivo.
Conseguimos perceber a maneira como os alemães lidam com o fascismo, e aprendemos uma valiosa lição: não podemos tomar o futuro como garantido.
A maneira como o professor manipula os alunos sem se aperceber, e todo o modo como cada um dos alunos reage e se alia ao movimento, sem sequer notar na dimensão de cada acto e palavra.
Foi exactamente assim, numa altura em que os jovens nada tinham em que acreditar e viram uma nova luz nas palavras de homens em cima de palanques, que os fizeram acreditar num novo futuro, que os uniram como nunca tiveram unidos, que levou a conflitos que, atá à data, ainda não tiveram igual.

Vendo este filme, ainda vemos uma triste realidade: hoje, não sabemos em que acreditar. Estamos dispersos entre os nossos pares e não fazemos ideia para onde nos virar. É triste.

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